terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O Jazz e o Contrabaixo

Jimmy Blanton - um dos precursores
do baixo no Jazz
A imagem de o contrabaixista sendo o cara de segundo plano, “o fulano que fica lá atrás no palco”, está bastante longe da realidade na música atual, inclusive no jazz moderno. 

O jazz se desenvolveu com a combinação de múltiplas tradições musicais, em particular a afro-americana. Gerado por volta do início do século XX em Nova Orleans, Estados Unidos, graças a forte cultura negra da região vinda como escravos do oeste da África pelos anos de 1808.

A palavra "jazz" tem sua origem incerta. O termo tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm indicado tal fato. 

Desde o princípio de sua ampliação, o jazz determinou uma grande abundância de subgêneros, como o dixieland – década de 1910 –, o Swing das Big bands – décadas 1930 e 1940 –, o bebop – meados da década de 1940 –, o jazz latino – décadas de 1950 e 1960 – e o fusion – décadas de 1970 e 1980. Devido à sua publicação mundial, o jazz se adaptou a muitos gêneros musicais locais, obtendo uma grande variedade musical.

Em seus primórdios, a função de executar a voz grave da harmonia era executada por um instrumento de sopro: a tuba. Essa tradição se manteve mesmo após o aumento da incidência do contrabaixo no jazz.

O episódio onde o contrabaixo passou a ser tocado em pizzicato – relatado em Pizzicato, Slap, Tapping, Palheta... – foi fundamental para o jazz. Onde, cedo ou tarde, o contrabaixo começaria a ser tocado com os dedos. Isso pelo emprego estrutural que o baixo executa dentro do jazz. 

Em Qual a função do baixo na música? explica o papel harmônico e o rítmico do contrabaixo. No jazz, não se diferencia essas funções, mas se acrescenta uma característica na parte rítmica do instrumento. Este aspecto próprio ao jazz é que compete ao baixo subdividir o ritmo básico da música. Isso diminui a trivialidade da batida simples. Ainda que seja importante que essa batida continue perceptível, o baixo, além de tocar as notas fundamentais dos acordes, descreve um fraseado contínuo, cuidadoso, com subidas, descidas e saltos, sempre circulando entre os centros tonais da música. Essa pulsação é chamada de walking bass – o que pode ser traduzido com “baixo caminhando”, ou “andar baixo” – por lembrar o caminhar tranquilo de uma pessoa. Por isso o baixo dedilhado é mais adequado do que o tocado com arco. Mais do que já foi dito, o contrabaixo tem a função de estabelecer o swing da música, principalmente do jazz.

Um dos primeiros nomes do contrabaixo no jazz foi o de Jimmy Blanton, que tocou com Duke Ellington e faleceu em julho de 1942, aos 23 anos. Seguido dele vieram Oscar Pettiford, Ray Brown, Milt Hinton – apelidado “The Judge”, o juiz –, Charles Mingus, que revolveu o contrabaixo como um instrumento capaz assumir o primeiro plano, liderar conjuntos e guiar o discurso musical de um grupo.

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